Quando eu me
desfiz de grande parte de minha coleção em 2011, Garfunkel ficou. Sempre o
considerei o cantor branco de música pop mais consistente da década de 70. Destaco,
porém, outros grandes nomes, como Barry Manylow. Mas isto é papo pra quem tem
gosto mais eclético, e não somente o gosto por rock ou pop, não é mesmo?
Art conseguiu se destacar - como todos sabem - na dupla com Paul Simon, deixando um legado de canções no subconsciente americano e mundial até hoje. Sua carreira solo tem altos e baixos, mas bem consistente por quase uma década depois que se separou da dupla. Aliando-se a músicos competentes e compositores de alto calibre a partir de 1973. Tenho seus 5 primeiros álbuns-solo e uma coletânea com Paul Simon, quase obrigatória...
Este
disco de 1981 é absolutamente do melhor que ele produziu, embora somente tenha
gerado um single - "A heart in New York" - e longe de ser seu
trabalho mais reconhecido tanto por crítica quanto por vendagens. Descobri em
notas na Internet de que este álbum foi marcado pela perda da namorada de Art à
época, o que se nota no romantismo das canções.
"A heart in New York" foi
ovacionada pelo público quando executada no famoso concerto de 1981 no Central
Park, o qual reuniu a famosa dupla e que deu origem a um dvd e a um álbum
duplo. A Grande Maçã mais uma vez foi cantada a verso e prosa e ganhou mais
esta homenagem. Neste disco - como em outros da carreira - mais uma vez temos a
sessão de canções do fabuloso compositor Jimmy Webb, uma parceria profícua que
ficou estabelecida no álbum “Watermark”. Composições de Webb renderam a
Garfunkel alguns de seus maiores sucessos, como "All I know" e
"Crying in My Sleep". De Webb são 3 e das mais fortes do disco: a
faixa título - que fala de brigas conjugais e conta com o backing-vocal bem
colocado de Leah Kunkel (que trabalhou também com James Taylor), "In
cars" - que evoca a época de ouro da América (os anos 50, onde aquela
geração saboreou um pós guerra de crescimento econômico e euforia onde imagens
do sonho americano, milk-shakes e namoros nos drive-ins foram muito bem explorados
pelo cinema) e "That´s all I got to say", que consta como tema de um
filme (“O último unicórnio”) e realmente possui aquela aura infantil que nos
remete à momentos lúdicos. Linda. Outro destaque é "Bright eyes", magnífica
e sublime e uma prova do que um grande refrão faz com uma canção. "Can't
Turn My Heart Away" e "So easy to begin" são daquelas canções
calmas, defendidas com maestria pela voz de tenor suave de Art. "Hang on
in" é pra cima e dançante, mas destoa do resto do repertório...
A crítica da Rolling Stone deu a
este disco 4 estrelas em 81. Minha cópia é holandesa da CBS. Outro disco dele
que destaco - e sua melhor performance nas paradas - é "Breakaway" de
1975. Boas dicas para quem quer ter um disco para namorar no escurinho e
aproveitar o melhor que a música americana pop nos deu à época, com nomes
fundamentais como Paul Simon, James Taylor, Carole King, Don McLean entre
outros. Saudações! crédito das fotos: 1-coleção particular; 2-internet.
ENGLISH VERSION
When I sold great part of my collection in 2011, Garfunkel stayed. I have always considered him the more consistent white pop singer from the 70´s. I would highlight, however, other big names such as Barry Manylow. But this is another subject to eclectic tastes, and not only the taste for rock or pop, right?
Art managed his highlights - as everyone knows - in double with Paul Simon, leaving a legacy of songs in American and world subconscious until today. His solo career has its ups and downs, but well consistent for almost a decade after that separation - allying musicians authorities and composers of high caliber from 1973. I have his first 5 solo albums and a collection with Paul Simon, almost obligatory...
This 1981 work is absolutely the best he has produced, although only has generated a single - "A heart in New York" - and far from his more recognized works by both critical and sales. I discovered in Internet notes that this album was recorded soon after the loss of his girlfriend at the time, which led to the romanticism of the songs.
"A heart in New York" was a mark when performed in the famous concert back in Central Park, 1981 - which brought together the famous double and rose a DVD and a double album. The Big Apple was once more sung in “verse and prose” and won another great tribute here. In this work – like others in his career - once again we have the session of songs by fabulous composer Jimmy Webb, which stablished a fruitful partnership back in the “Watermark” album. Compositions of Webb earned Garfunkel some of its greatest successes, such as "All I know" and "Crying in My Sleep". By Webb we have 3 of the strongest here: The title track - which speaks of marital discord and counts with the well placed backing-vocal by Leah Kunkel (who also worked with James Taylor), "In cars" - that evokes the golden era of America (the 50´s, where that generation savored a post-war economic growth and euphoria and where images of the American dream, milk-shakes and dating in drive-ins were very well explored in movies) and 'That's all I got to say", which appears as a movie theme (“The last unicorn”) and really has that childhood aura that refer us to ludic moments. Beautiful. Another highlight is "Bright eyes' - magnificent and sublime and a proof of what a great chorus can make to a song. "Can't Turn My Heart Away" and "So easy to begin" are those calm songs, defended masterfully by Art´s voice of smooth tenor. "Hang on in" is upbeat and dancing, but in disharmony with the rest of playlist...
The Rolling Stone review gave this work 4 stars back in 81. My copy is from CBS Holland. Another work from him that I can surely highlight - and his best performance in outages - is "Breakaway" from 1975. Good tips for anyone who wants to have a disc to a semi-dark dating and enjoy the best that the American pop music gave us in that era, with fundamental names such as Paul Simon, James Taylor, Carole King, Don McLean among others. Greetings!
Ótima resenha, Álvaro, como de costume.
ResponderExcluirGrato pela visita de sempre...saudações!
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