terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Feira de vinil da Teodoro Sampaio, SP - agosto 2014.

Este post é retroativo à feira - na qual marquei presença pela primeira vez fora do RJ - de agosto/14 na meca do vinil brasileiro. Em São Paulo, em pleno domingo, numa galeria tradicional na Rua Teodoro da Silva (metrô Clínicas) e capitaneada pela Locomotiva Discos. Domingo de sol ameno com vinil à vista...nada melhor! Aproveitei minha estada em Sampa para visitar outras lojas em galerias tradicionais da cidade, como a CelSom, BigPaparecords, etc.

Excelentes produtos, muita coisa importada, bons preços e muitos expositores. Não pude deixar de comparar com a ótima feira do Bennet no Rio. Valeu cada minuto. Acabei por trazer os seguintes itens da capital paulista: 
America (Holiday, importado) - na feira;
Raul Seixas (Gitã) - na feira;
Tears for fears (The hurting, importado) - na feira;
Style Council (Live!, importado);
Van Halen (Van Halen II, importado);
Luiz Melodia (Mico de circo);
Caetano Veloso (Outras palavras);
Egberto Gismonti (Cidade Coração);
Espero poder comparecer a outras feiras tradicionais em São Paulo, onde ofertas e preços são sempre convidativos. Até a próxima postagem.




 

                                                                                                





 
 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Now that´s what I call quite good - The Housemartins.

Esta é uma coletânea de 24 músicas da banda de Hull, Inglaterra, que durou apenas 3 anos (1985-1987). Contém singles e as principais músicas de seus dois discos de estúdio. O primeiro (London 0 x 4 Hull) nem sequer chegou a sair por aqui. Os Housemartins ou "a banda que gostava de dizer não” se caracterizaram pelo vocal marcante de Paul Heaton (muitas vezes utilizando-se de recursos à capela como em “Caravan of love” - único número 1 da banda nas paradas - “Lean on me” ou ainda “I´ll be your shelter”), uma sonoridade baseada em guitarras (como o The Smiths ou os Commotions de Lloyd Cole) além de uma excepcional cozinha. Também encontramos metais e pianos pontuais em arranjos matadores como em “Bow down” e “The people who grinned themselves to death” – título do único álbum deles lançado no Brasil.


As harmonias traziam o jingle-jangle característico do rock inglês da época em músicas como “We´re not deep”, “Sheep”, “Always something there to remind me” ou “ The mighty ship” - uma homenagem à igreja batista de Chicago. Lá estão hits da banda no Reino Unido e Nova Zelândia como “Happy hour”, “Me and the farmer”,a balada ”Think for a minute”, "Five Get Over Excited" e o mega-hit no Brasil “Build”, esta última tendo estourado nas rádios e ficando conhecida por seu refrão como “melô do papel”. Muitos pensaram se tratar de uma canção romântica, sendo, na verdade, uma crítica feroz ao progresso sem fronteiras. A política e os temas sociais estão presentes na maioria das letras da banda, mesmo nas baladas (como na belíssima “Flag day”, que alfineta a realeza britânica) e em “Sitting on a Fence”. A banda faz releituras de outros artistas como em “I´ll be your shelter” (Luther Ingram) e “You´ve got a friend” (Carole King), mas sem resultados dignos de nota.


Após o fim do quarteto, o batera Dave Hemingway e Heaton fundaram o “Beautiful South”, cuja sonoridade não ficou distante dos Housemartins – gravando vários álbuns com alguns hits no Reino Unido. Curiosamente, o baixista Norman Cook enveredou pelas pick-ups tornando-se o bem sucedido DJ “Fatboy Slim”. Stan Cullimore (guitarrista) deixou a música. Este álbum traz outros dois nomes da banda em sua primeira formação: Hugh Whitaker (bateria) e Ted Key (guitarra). Ambos saíram da banda antes do segundo trabalho. Meu exemplar provém da Zoyd (ótima loja no Centro de São Paulo) e é um disco raríssimo por aqui, tendo sido editado apenas em cd. Outro destaque do álbum em formato Gatefold é a belíssima capa do francês Pierre Jahan com a torre Eiffel ao fundo. É o rock inglês pós-punk com todo o seu vigor.

Ano: 1988 / Gravadora: Go! Discs LTD / Gênero: Indie rock / Formato: gatefold / Estado da capa: 4 / Estado do vinil: 5 / Qualidade do som: 5 / Avaliação: 5 / Origem: Inglaterra / Distribuição: Crysalis records & Elektra / Código: AGOLP11.333.




segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Feira de vinil do clube Bola Preta, RJ - dezembro.

Estas fotos foram feitas na última feira de vinil do Rio de Janeiro, em 14 de dezembro no salão do Bola Preta, centro RJ. Itens adquiridos:
  • Ira! (Mudança de comportamento);
  • Titãs (Cabeça dinossauro);
  • U2 (October);
  • Violeta de outono EP (lacrado! raridade...);

    Em geral, a feira foi regular. Muitos expositores, porém, os preços dos vinis nacionais estavam um pouco salgados em face do estado (empoeirados ou mal conservados) e havia pouca oferta de material importado apesar da grande quantidade de discos. Pena que este do America era edição nacional - uma das grandes capas dos anos 70. Mas valeu...Até a próxima...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Sleeping with ghosts - Placebo.

Confira a minha resenha sobre este disco no blog "De volta para o vinil" no link: http://devoltaparaovinilcolecao.blogspot.com.br/2014/11/sleeping-with-ghosts-placebo-vinil-resenha.html

Disponibilizo, porém, o texto completo abaixo:

Em 2005 o Placebo era a banda do momento no Brasil.
A mídia não somente dava enfoque às músicas de trabalho
do disco, como também a antigos sucessos...O momento
era ideal para uma visita do grupo por aqui.

Envolta na turnê deste álbum - que posteriormente gerou
um dvd ("Soulmates never die") - o trio chegou em meio
a uma grande aceitação envolvendo a banda, seja pelo
apelo andrógino de seus membros, seja por comentários
do tipo "aquele vocalista que tem a voz parecida com o
Geddy Lee do Rush!"... Fui conferir os caras mesmo sem
conhecer muitas músicas e nem o citado disco. Concerto
com capacidade quase esgotada no atual Citybank Hall
numa sexta-feira. Valeu bastante. Show de alto nível
com direito a antigos sucessos ("Pure morning", "Special
K" e a queridinha das pistas "Every You Every Me").

Um ano depois estava eu passeando em Paris quando dei
de cara com uma simpática loja de vinil bem na quadra do
cemetério Père Lachaise - sim, aquele onde dizem estar
enterrado Jim Morrison dos Doors. Comprei alguns, dentre
os quais esta edição do álbum - que não chegou a sair
por aqui neste formato.

Não é o melhor disco da banda mas possui pelo menos 3
hits: "This Picture", "Special Needs" e "Protect Me from
What I Want". O álbum abre com uma curta porrada sonora
("Bulletproof Cupid" -música de abertura dos shows brasilis)
, contendo as igualmente pesadas "Plasticine" e "Something
Rotten". Apresenta duas belíssimas baladas ("I'll Be Yours"
e "Centrefolds"). Aliás, o Placebo sempre trabalhou bem com
baladas, explorando o belo timbre de Molko... Com letras
instigantes ("Second Sight") e o instrumental bem emoldurado
na maioria das canções por teclados de bom gosto ("The Bitter
End", "Sleeping With Ghosts"), a bela capa segue a tradição
de outros álbuns do trio, com enfoque em figuras humanas.

Recomendo a audição e convido a todos a conhecerem uma das
mais sinificativas bandas da segunda metade dos anos 90 -
- pós movimento BritPop. Saudações.
(Escrito por Alvaro Az)

Ano: 2003;
Gravadora: Virgin records;
Genero: Indie;
Estado da capa: 5;
Estado do vinil: 5;
Estado do encarte: 5;
Qualidade do som: 5;
Avaliação do álbum: 4;
Integrantes:
Brian Molko (vocalista, guitarrista e tecladista);
Stefan Olsdal (baixista, guitarrista e teclista);
Steve Hewitt (baterista).

Mais informações da banda:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Placebo